Bolsada, denúncia, intriga e porrada

De tudo o que foi dito e mostrado a respeito da permuta envolvendo a área do Julieta Bueno, o que marcou na opinião pública e rendeu até charge bem humorada no O Paraná foi a "bolsada" que o prefeito Edgar Bueno deu no vereador Julio Cesar Leme da Silva. Acontece que o nobre edil responde no Ministério Pùblico suspeita ou denúncia, não se sabe bem, de que teria autorizado sua esposa Solange a comprar bolsa feminina em nome da Câmara Municipal. Coisa, aliás, que o Júlio Cesar nega com todo o ardor, se dizendo vítima de armação política. Quem sabe o mesmo tipo de pegadinha que alguns desafetos tentam jogar prá cima de Edgar. Dizem que tem erro no processo de permuta entre a Prefeitura e a Mascor, do empresário Rovílio Mascarello, mas ficaram quietinhos todos esses anos. E agora, quando o prefeito reúne documentos e leva tudo ao Legislativo, os mesmos acusadores não se dignam a examinar a papelada e continuam batendo no adversário que lhes ganhou a eleição. Essa é a Cascavel que todos nós conhecemos. Onde a política é levada na base do cacete, porrada, intriga, denúncia, rolo, confusão e coisarada como diria o blogueiro Luiz Nardelli, um dos fofoqueiros mais respeitáveis e tarimbados da praça.

POLÍTICA DO VALE TUDO
O que Julio Cesar, Salazar Barreiros, os gardenal da vida e tantos outros que tiram proveito de denúncias comprovadas ou não, é não ligarem a mínima para o fato de envolverem pessoas alheias ao circo político e acabam massacradas por eles. Dá para citar os quatro integrantes da comissão permanente de avaliação que fixou os valores dos terrenos que a Prefeitura passou ao empresário Rovílio Mascarello e também avaliaram o imóvel que abrigou o conjunto Julieta Bueno. Em outras palavras, os denunciantes não se importam de mexer com a honra de um Sergio Kasprzak, Sadi Bodanese ou Roberto Aoki. Sim, porque, caso eles acreditem mesmo em sacanagem, quem acusar Edgar também acusa os avaliadores. Sem esquecer que a família Mascarello é igualmente jogada na vala da desconfiança, posto que, salvo melhor juízo, se Edgar e os avaliadores cometeram alguma ilegalidade que possa ter prejudicado o Município, certamente a empresa Mascor levou algum tipo de vantagem. Ou não?

É HORA DE RESPONSABILIDADE
O que é preciso agora, são os integrantes do time do quanto pior melhor pedirem cópias dos documentos que Edgar Bueno entregou ao presidente da Câmara e fazerem exames técnicos isentos de paixões politiqueiras. Tem um papel, assinado pelo Rovílio Mascarello, dando autorização para Edgar Bueno iniciar as obras do Julieta e falando até numa tal cessão precária de posse, ou algo assim. Se os acusadores de Edgar pedirem que Sergio e Bodanese expliquem o processo das desapropriações, será que não conseguiriam esclarecimentos?