Ao longo de mais de 100 anos o jogo do bicho nasceu, caiu na simpatia do povo, cresceu e virou uma fortíssima empresa informal em todo o Brasil. Considerado contravenção, sempre foi monitorado pelas polícias estaduais e, diz a lenda, nunca recebeu combate ostensivo direto e implacável da autoridade, principalmente porque o agenciamento se tornou ganha pão de milhares de famílias brasileiras. A grande imprensa mostra que, em alguns locais do país (o Paraná está fora disso), o bicho mancomuna com crimes pesados como o tráfico de drogas e, mesmo assim, não se muita notícia que a Polícia Federal tenha atuado de forma barulhenta. Isso sempre vinha sendo feito pela Civil ou Militar. Cabe frisar que, na recente operação feita aqui pela PF, em nenhuma das banquinhas de Cascavel foi encontrado armamento, drogas ou materiais furtados. Aqui, portanto, o jogo pode ser considerado limpo e ninguém é coagido a apostar. Nem mesmo para tentar a sorte na Quina Legal, uma criação do empresariado da contravenção que já não é mais oferecida ao consumidor e que motivou o formal pedido da Caixa junto ao comando da Polícia Federal e o posterior inquérito e processo judicial. No decorrer das investigações é que a PF acabou chegando por acaso numa das fortalezas do bicho e, a partir daí, o delegado chefe da Polícia Federal decidiu jogar duro e meter a boca no trombone.
DELEGADO MIDIÁTICO QUER ARREBENTAR
Neste momento, em Cascavel, consta que a jogatina zoológica está suspensa(?) porque o midiático delegado Algacir Mikalowiski, da PF, resolveu encarar e declarar guerra ao jogo do bicho. É contravenção? É. Dá bons espaços na mídia local, regional, estadual e, quem sabe, na nacional? Dá. Sabe-se que a Caixa Federal, que acaba de aumentar as apostas dos seus jogos de azar legalizados, resolveu sair da postura passiva e abrir fogo contra os concorrentes zoológicos que têm absoluta preferência entre os apostadores. O jogador pode arriscar só 1 real trata com gente conhecida em seu bairro e recebe cada centavo ganho nos prêmios. Arrisca porque quer, não há ninguém lhe apontando arma contra a cabeça. A CEF é um banco comercial, tido como social apenas para azeitar slogan simpático. A jogatina oficial mais barata lá agora é 2 reais. A verdade é que seus diretores gostam de dinheiro, não têm contemplação e gostariam muito de agregar à conta do banco os reais movimentados pelo bicho e que hoje se perdem pelos descaminhos. A CEF não importa com as milhares de pessoas que ficarão sem o ganha pão e, talvez, aí sim decidam apelar para o furto, roubo, estelionato, tráfico e morte. Curioso mesmo é perceber, salvo melhor juízo, que a Polícia Federal volta suas baterias apenas contra um dos grupos concorrentes da CEF. A ação de Mikalowiski no município de Cascavel alcança só uma marca da loteria zoológica e deixa de lado outros grupos que, segundo consta, continuam operando normalmente, só mantendo suas bancas fechadas. Parece que eles também operaram com a tal Quina Legal e, estranhamente, não foram alcançados até agora pelas investigações da PF. Certamente existe explicação para tudo. Pontoamais vai acompanhar e informar a respeito do assunto.
sábado, 5 de setembro de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário