Um comentário de Miguel Dias
O prefeito Lísias Tomé certamente vai pensar no seu grupo de trabalho, na comunidade, na família e em si próprio, antes de manter silêncio acerca das razões legais e morais que o levaram a decidir pagar o milionário precatório da Praça Wilson Jofre no final de governo, em meio a um tiroteio travado com os principais adversários políticos. Ele está terminando o mandato de quatro anos e já levou sarrafo suficiente para saber que não é sensato apanhar calado, a menos que não se possa fugir do açoite. Algumas declarações divulgadas durante a semana dão a impressão que Lísias Tomé é comandante de uma esfomeada quadrilha de salteadores dos cofres da Prefeitura de Cascavel. Gente sem escrúpulo algum, capaz de roubar doce da mão de criança e surrupiar bolsas de velhinhas indefesas.
Lísias Tomé é ladrão?
A maioria do povo ouvem rádio, outros assistem a televisão, leêm os jornais e, agora, visitam os blogs que tratam da matéria, quase sempre ficando sem entender muita coisa da questão em debate. Pontoamais já flagrou conversas de cidadãos indagando sobre suspeitas de que o atual alcaide estaria metendo a mão no jarro, sem dó nem piedade do contribuinte. Isso é sério. Muito grave. Duro de se escutar, ler, comentar, enfim. Tudo bem que o servidor público transformou em saco de pancada, com os bons pagando pelas ações dos maus. Mas é preciso respeitar as caras. E a honra, o coração, a alma, o moral, a imagem, os filhos, amigos?
O que acontece, afinal?
Se tem alguém enchendo os bolsos com alguma trapaça de precatório ou outro embuste qualquer, que a safadeza seja denunciada e identificada pelas vias corretas, a pilantragem investigada e a maracutaia desmanchada mediante provas. A Justiça(?) está aí, para quê? Se não, vamos ser mais responsáveis nessa coisa de dizer ou dar a entender nas entrelinhas que nunca se roubou tanto numa administração. A Prefeitura é fiscalizada de todos os lados. Então, como poderia um prefeito ficar roubando à luz do dia sem nenhuma autoridade perceber? Como se qualquer marginal pudesse reviver no paço a saga do Ali Babá e seus 40 ladrões? Menos gente, por favor. Bem menos.
sábado, 13 de dezembro de 2008
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