quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Otto Reis finge ignorância e cria factóide político

Genial a sacada do vereador Otto Filho, no PDT só porque receia desfiliar e acabar perdendo o mandato, ao fazer de conta que desconhece o que diz a Lei Orgânica e a Lei das Licitações sobre um pai de um secretário que tem empresa mas o filho não é sócio, e vende legalmente para a Prefeitura de Cascavel. O parlamentar usou expediente ardiloso ao apresentar inocente pedido de informações a respeito de uma licitação de 15 mil vasos de flores na Acesc, se precavendo ao não acusar ninguém e, ao mesmo tempo, criando um factóide político em plenário na sessão da terça-feira. Tal situação foi aproveitada no ato pelos outros principais adversários do prefeito Edgar Bueno, se destacando nessa condição os reeleitos Leonardo Mion e Julio Bolsada Lemes da Silva, além do Paulo Tonin, que corre por fora, tentando obedecer o arqui inimigo edegarista Salazar Barreiros. Otinho e os outros têm plena consciência do que fala a Lei Orgânica ao não proibir sob nenhuma razão que o genitor do secretário da Administração, Alisson Luz, dispute e ganhe quantas concorrências puder. O empresário tem situação regular, encontra-se habilitado e já vinha vencendo certames desde o governo Lisias Tomé. O fato de ser pai de quem é, virou problema só nas cabeças da turma do contra. Segundo dados levantados pelo blog Pontoamais, no ano passado foram licitados 18 mil vasos e outros 16 mil e 14 mil nos anos de 2007 e 2006, respectivamente. O "seo" Gilberto está no mercado há 20 anos, teve preço e ganhou no mínimo três vezes.

CANTINI ARROTA NO MICROFOME
Se houve combinação, ninguém sabe direito. O fato é que tão logo Otto, Leozinho e Bolsada fizeram a pantomina no plenário da Câmara, o testa de ferro do "seo" Jacy Scanagatta, o popular embaixador da intriga Valdomiro Cantini, se atirou de corpo e alma no fomento da discórdia e confusão contra o prefeito Edgar Bueno, com quem o patrão construtor de asfalto decidiu encrencar. Cantini voltou a dar provas de que Jacy está mesmo empenhado em fustigar Edgar Bueno, certamente para também atingir Osmar Dias já que o dono das rádios fechou com o prefeito de Curitiba, Beto Richa, outro dos pré-candidatos ao governo estadual. Ou então vem embarcando de graça ao aparentar estar concordando com as sacanagens do discípulo do ex-ministro Alceni Guerra, o homem dos guarda-chuvas. Cantini se supera com um caradurismo sem limites. Como o governo municipal demonstra desinteresse em fomentar as fofocas produzidas pelo popular cintura de kombi, resta ao corneteiro se consorciar com o pessoal da oposição e fazer o maior barulho. Ruído que não representa muito, segundo o Ibope. Talvez por isso, Cantini esteja empenhado em conseguir espaço precioso no Jornal da Capital, da Capital FM, reproduzindo suas traquinagens no prefixo que até agora vem sendo gerenciado com decência pelo Ivan Luis.

A HISTÓRIA DAS FLORES
Informações levantadas pelo blog atestam que a empresa do pai de Alisson Ramos da Luz ganhou a licitação porque foi a única a se interessar, já que outras retiraram o Edital e decidiram não participar. O preço do vaso no valor de R$ 5,20 foi considerado baixo demais para fornecedores que tem suas firmas localizadas longe da Acesc. No caso da ganhadora, a sede fica do outro lado da rua onde está a autarquia. Lá estão os estoques obrigatórios de 300 a 500 vasos que, para serem levados às capelas, requerem menos estrutura e gastos. Pos isso a margem de lucro em cada unidade é de apertados R$ 0,30. Além disso, a Acesc só paga a quantidade que for utilizada durante o mês. Se não houver sepultamento, o empresário marcha com o estoque não usado.

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